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Como Nunca Mais Matar Uma Planta de Interior

Maranta leuconeura

Como Nunca Mais Matar Uma Planta de Interior

As plantas são como bebés, ouvimo-las a chorar e temos que perceber o que elas precisam e arranjar rapidamente uma solução.

O hobby da jardinagem não tem muito que se lhe diga. É só preciso gostar, ter paciência e ser-se perspicaz. As plantas são como bebés, ouvimo-las a chorar e temos que perceber o que ela precisa e arranjar rapidamente uma solução. Muitas vezes o problema é simples e passa pela falta de água. Noutras, o problema poderá ser mais complexo, uma praga ou doença por exemplo. Para que isso não aconteça, quando compramos uma planta de interior, precisamos de saber muito bem que planta é aquela e quais são os cuidados e recomendações que temos que ter em conta.

Essencialmente, resumo os quatro problemas que uma planta de interior pode enfrentar – luz, rega, substrato e fertilizante. Como qualquer ser vivo, as plantas reagem ao ambiente, segregando hormonas e, quanto menos felizes estão, mais possibilidade têm de enfrentarem problemas.

Luz

A maioria das plantas que consideramos como plantas de interior são, na realidade, plantas de luz média. Quer isto dizer que são plantas que, no seu habitat natural, estão sob as copas das árvores (na sombra e/ou com muito pouco sol direto) e, maioritariamente, em climas húmidos e amenos.

Sendo assim, as nossas casas são bons habitats naturais porque, regra geral, reúnem essas características, necessárias para que as plantas vivam e sejam saudáveis. Para que isso aconteça, temos que ter sempre atenção os lúmens – Unidade de Padrão do Fluxo Luminoso (lux) que as plantas recebem.

Por norma, não é aconselhável menos que 1000 lux, nem mais que 5000 lux. Ou seja, se for necessário acender a luz para ler um livro na divisão em que as plantas se encontram, quer dizer que o espaço tem pouca luz para a planta. Em contrapartida, se as plantas apanharem sol direto durante longos períodos de tempo, então o espaço também não é recomendado para a planta de interior, pois pode queimar as suas folhas.

Rega

A rega é sempre um tema controverso, já que não é uma ciência exata. A frequência e a quantidade de água irá sempre depender do tipo de substrato (com muita ou pouca retenção de água), da espécie da planta e da quantidade de luz disponível.

Quanto mais luz ela recebe, mais energia ela produz e por sua vez mais água ela consome. Muitas das plantas devem ser regadas quando o solo está quase ou completamente seco, outras gostam do substrato sempre húmido.

Por essa razão, o melhor é saber primeiramente como é que a planta gosta do solo e, em segundo lugar, estar atento aos padrões da planta e do substrato, pelo menos no primeiro mês. Dessa forma, será possível perceber o seu consumo de água e ajustar a sua rega. Isto porque é mais fácil recuperar uma planta que sofreu seca extrema do que uma que sofreu com excesso de água.

O excesso de água, se não for diagnosticado cedo, pode levar ao apodrecimento das raízes e posteriormente à morte da planta. Ainda assim, a recuperação, caso seja possível, poderá prolongar-se até à estação do próximo ano. Contrariamente, se uma planta sofrer seca extrema pode ser mais facilmente recuperada, e o tempo reduz-se para poucas semanas.

Cada planta exige cuidados diferentes e o seu desenvolvimento vai depender do ambiente em que ela se encontra.

Substrato

Muitas vezes, associa-se o solo a substrato e vice-versa, mas a verdade é que há diferenças entre estes dois termos. Enquanto o solo é a terra do exterior (a mais comum), o substrato refere-se a uma mistura de componentes (húmus de casca de pinho, turfa de sphagnum e argila expandida por exemplo).

Pode não parecer, mas essa distinção é essencial para que uma planta de interior seja saudável, já que o solo é geralmente muito pesado e compacto, dificultando não só o arejamento e crescimento das raízes, mas também mantendo a humidade durante mais tempo, o que pode levar ao apodrecimento das raízes.

No exterior não há esse problema, já que há um conjunto de elementos, como por exemplo minhocas e formigas, que ajudam a criar canais terrestres que arejam o solo e facilitam o escoamento de água, beneficiando a planta e o crescimento das raízes.

Os substratos de plantas de interior já vêm com uma mistura de vários componentes para ajudar o crescimento de raízes, nomeadamente terra, casca de árvore e alguns tipos de drenantes (perlite ou argila expandida).

Por essa razão, é muito importante comprar um substrato de interior com estas misturas. Outra alternativa é fazê-las em casa. O importante é oferecer às plantas todos os nutrientes e elementos que elas precisam para se desenvolver, já que, em vasos, estão confinadas a um espaço limitado para crescer.

O objetivo com essa mistura é facilitar o crescimento, usando o substrato mais indicado para as plantas de interior. Tal substrato só é conseguido variando misturas.

Plantas que gostam de mais drenagem, têm que levar mais casca de tronco e perlite, enquanto que plantas que gostam de se manter húmidas, têm que ter mais terra e casca de árvore, lembrando sempre que nenhuma planta pode levar só terra, devido ao facto de não terem minhocas, formigas e outros seres vivos a abrir caminho para as raízes.

Fertilizante

O fertilizante é sempre um bicho-de-sete-cabeças. Nunca se sabe o que escolher, para que é que servem e, muito menos, quando aplicar.

Em primeiro lugar, é necessário perceber que as plantas são seres vivos e, como qualquer ser vivo, precisam de se alimentar para obter nutrientes. No exterior, há todo um ecossistema que lhes dá os nutrientes necessários para se desenvolverem. Já dentro de casa, cabe às pessoas a tarefa de lhes dar nutrientes essenciais para a sua vida, conhecidos como fertilizantes.

Existem dois tipos de fertilizantes: orgânicos e inorgânicos. Os primeiros, tal como o nome indica, são desenvolvidos a partir da extração de nutrientes de origem animal ou vegetal. Regra geral, são mais fracos por serem lentamente absorvidos pelas raízes. Já os inorgânicos, são obtidos da extração mineral. Ou seja, são mais fortes por serem fabricados quimicamente e são rapidamente absorvidos pela planta.

Nos fertilizantes, os principais nutrientes dividem-se em três: Nitrogénio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), responsáveis pela ajuda na obtenção de energia, da floração e crescimento de raízes, sucessivamente. Juntos, constituem os NPK.

Os NPK encontram-se nas embalagens, divididos por números (3-8-3 ou 4-4-4 ou 4-2-7) e mostram a dosagem dividida em partes. Por exemplo, 3-8-3, três partes de Nitrogénio, oito de Fósforo e três de Potássio.

Em caso de dúvida, a recomendação é a escolha de um fertilizante generalista, devido ao facto de se tratar de um fertilizante universal. Este tipo de produto pode ser encontrado em supermercados e hortos.

Na aplicação, o aconselhável é aplicar sempre metade da dose recomendada pelo fabricante. Sendo um fertilizante inorgânico, tende a ser mais forte, por isso é preferível pecar por escassez do que por excesso.

A escolha do fertilizante depende das necessidades das plantas de interior. Quanto à frequência com que aplicamos o fertilizante, o melhor é seguir as recomendações da embalagem e ajustá-la às exigências de cada espécie.

Se és um apaixonado por plantas de interior, mas tens problemas em mantê-las vivas, segue estes cuidados e recomendações. Só assim poderás vê-las crescer saudáveis e felizes. Mas, sejamos francos, por vezes mesmo dando-lhes o máximo de amor e cuidados, há problemas que poderão ser fatais. O importante é não desanimar, nem desistir. Se uma planta morrer, é erguer-se, comprar uma nova e dar-lhe ainda mais amor e cuidados.

PlantoDependente

Celso Teixeira e Diogo Gomes

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Comentários (1)

  • Sandra Laranjeira Responder

    Olá. Nunca consegui manter uma planta, confesso deixava-a ao abandono e quando voltava a olhar para ela era tarde de mais.. Agora deu-me para a rebeldia, quando encontrei o v/site.. Adoro as plantas nas v/fotos e algumas a minha mãe teve e tem iguais.. Neste momento tenho 4 sobreviventes, mas com dificuldades em lidar com elas… Maior problema.. . Começam com as folhas das pontas a ficar castanhas e secam…tenho uma ficus microcarpa ginseng ao qual caíram todas as folhas e nasceram de novo todas, mas menos viçosas e de vez em vez uma fica castanha e seca. Deverei dar_lhes os nutrientes que fala? Obrigado.

    11/10/2020 a 09:46

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