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Cuidados com Plantas de Interior: Como Regar, Iluminar, Nutrir e Muito Mais

Plantas de interior na decoração - sala de estar

Cuidados com Plantas de Interior: Como Regar, Iluminar, Nutrir e Muito Mais

As plantas de interior são uma excelente forma de trazer um pouco da Natureza para dentro de casa, tornando-a mais acolhedora.

No entanto, há que lembrar que as plantas são seres vivos que evoluíram ao longo de milhões de anos para sobreviver em ambientes exteriores, por isso para manter as plantas em casa saudáveis e bonitas, é preciso ter em conta alguns cuidados básicos. 

É necessário criar condições que imitem os factores exteriores de luz, humidade e temperatura, e ter alguns cuidados especiais, como controle de pragas e doenças, fertilização adequada e rega apropriada para que a planta possa sobreviver e prosperar. Estas condições podem ser diferentes para cada espécie, por isso é também importante tentar conhecer as plantas que temos em mãos.

Neste artigo vamos explorar 7 principais cuidados a ter com as tuas plantas de interior.

Iluminação natural – coloca cada planta no local certo

Este é um cuidado crucial a ter com as plantas em casa. Todas as plantas precisam de luz para produzir os seus próprios alimentos através da fotossíntese, contudo, o sol forte pode ser prejudicial a muitas delas. Por isso é tão importante encontrarmos um local em casa que disponha da iluminação natural adequada a cada espécie.

A maioria das plantas de interior é originária de densas florestas tropicais, onde vivem no estrato inferior, à sombra de grandes árvores. Assim, a maior parte delas prefere luz indireta, o que significa que devem ser colocadas perto de uma janela, ou num local com bastante claridade, mas sem receber diretamente raios solares fortes que lhes podem queimar as folhas. A luz filtrada por um cortinado ou estores entreabertos é uma boa opção.

Certas plantas toleram ambientes com pouca luz e podem viver em espaços com menor claridade, enquanto outras necessitam de muita claridade e até de algum sol direto, como é o caso dos cactos e suculentas.

Há, pois, que saber qual a necessidade de luz ideal para cada uma das nossas plantas para as colocarmos num local adequado. Se dedicarmos um pouco de tempo a estudar este cuidado inicial, é meio caminho andado para termos plantas saudáveis e felizes em casa durante muito tempo.

Caso tenhas uma casa com pouca claridade, nada está perdido: espreita as nossas dicas para aumentar a luminosidade para as plantas em casa.

Rega as plantas na conta certa (sem exageros)

As plantas precisam de água para sobreviver, mas regar demais pode ser tão (ou mais!) prejudicial quanto regar de menos. As necessidades de rega variam com a espécie, estação do ano, intensidade e horas de luz que a planta recebe e ainda do tipo de substrato. Com tantas variáveis envolvidas, facilmente chegamos à conclusão que regar com uma periodicidade específica, como “uma vez por semana”, é errado e pode originar problemas, sendo o mais grave deles o excesso de água. Assim, em vez de seguirmos um calendário para regar as nossas plantas em casa, devemos analisar cada planta individualmente para perceber quando e com que quantidade regar:

  1. Verifica se o substrato está seco antes de regar – testa com o dedo, enterrando-o a uma profundidade de cerca de 2 cm ou um pouco mais.
  2. Se estiver, rega com água suficiente para que o substrato fique húmido, mas não encharcado. Se observares que a água começa a sair pelos orifícios do fundo do vaso, então é altura de parar! Utiliza água à temperatura ambiente.
  3. Não deixes as plantas em pratos ou vasos decorativos com água, pois isso pode levar ao apodrecimento das raízes. O excesso de água após a rega deve ser sempre removido. 
  4. Durante os meses de inverno, reduz a frequência e a quantidade de água para menos de metade relativamente ao verão. Este cuidado é especialmente importante para plantas de interior que não toleram excessos de água, como as Zamioculcas, Sansevierias, ou Dracaenas.

Lembra-te sempre que, no que diz respeito à rega das plantas em casa, menos é mais. É muito mais fácil recuperar uma planta que está com sede do que uma que já está a sofrer com excesso de água.

Juntamente com a luz, a rega é o principal cuidado que devemos observar, se queremos evitar problemas com as nossas plantas.

Fertiliza regularmente as tuas plantas

Assim como nós, as plantas também precisam de alimento. A fertilização adequada fornece os nutrientes necessários para que as plantas cresçam saudáveis e também ajuda a prevenir problemas como doenças e pragas. Uma planta bem nutrida é uma planta mais resistente.

São três os macronutrientes indispensáveis a todas as plantas: Azoto (N), Fósforo (P) e Potássio (K). Cada um deles tem um papel insubstituível na produção de energia, na floração, no crescimento das folhas e no desenvolvimento de raízes.

As plantas de interior devem ser fertilizadas durante a época de crescimento, ou seja, durante a primavera e o verão. Algumas espécies de plantas necessitam de maior frequência de fertilização do que outras, mas regra geral, adubar uma ou duas vezes por mês é suficiente. No inverno, devemos suspender a fertilização.

Cada espécie é diferente e pode exigir diferentes combinações de nutrientes. Para que seja feita de maneira adequada devemos ter atenção às suas necessidades para escolher o fertilizante mais indicado e respeitar as doses fornecidas, de forma a não introduzir um nível tóxico de fertilizante. Nem tudo o que é demais é bom. Os fertilizantes na forma líquida são aconselhados para plantas de interior, uma vez que basta diluir na água de rega, tornando mais fácil de controlar as quantidades aplicadas.

Fertilizante líquido para plantas de interior - plant food

Mantém temperaturas amenas e estáveis em casa

A temperatura é um fator fundamental para as plantas e é importante garantir que as nossas verdinhas cresçam num ambiente com temperatura adequada. 

Apesar da maior parte das plantas de interior se darem bem à temperatura ambiente das nossas casas, algumas plantas preferem temperaturas mais altas ou mais baixas. Portanto, é importante pesquisar as necessidades específicas de temperatura das espécies que estivermos a cuidar.

Muitas são capazes de tolerar temperaturas mais baixas à noite e temperaturas mais altas durante o dia, mas ao mesmo tempo, é importante evitar grandes flutuações térmicas, pois isso pode criar stress e causar problemas de crescimento e desenvolvimento.

Lembra-te que as plantas são sensíveis a correntes de ar e a choques térmicos. Devemos mantê-las longe de portas e janelas abertas, ar condicionado e aquecedores e certificar-nos também que não as movemos para áreas com temperaturas muito diferentes do local original. Como seres vivos que são como nós, é como se uma pessoa que viveu toda a vida em Portugal, de repente vai para o Alasca sem preparação nenhuma. Se for necessária uma mudança, deve haver uma ambientação gradual para que seja bem-sucedida e não haja risco de perda.

Humidade do ar

Algumas plantas, como os fetos, ou outras plantas tropicais como as Calatheas e Alocasias, prosperam em ambientes húmidos. As espécies mais sensíveis aos níveis de humidade podem ser colocadas em divisões naturalmente mais húmidas, como casas de banho, ou cozinhas.

Para aumentar a humidade no ambiente em que estão podemos utilizar humidificadores, ou colocar as plantas sobre uma bandeja com pedras e água, que irá evaporar ao longo do tempo, aumentando assim a humidade ao redor. Colocar plantas em grupo é outra forma simples e eficaz de promover a humidade ao seu redor. Através da transpiração, cria-se um microclima mais húmido favorável a toda a vizinhança vegetal, à imagem do que acontece no habitat natural.

Também é possível pulverizar as folhas das plantas com água em alturas de maior calor. Apesar desta não ser a forma mais eficaz de aumentar a humidade relativa na envolvente da planta, tem um efeito refrescante imediato e contribui para manter as folhas limpas do pó.

Substrato e trocas de vaso

O solo é um dos fatores mais importantes no desenvolvimento saudável das nossas plantas. Chamamos substrato à mistura de componentes que fazem parte do meio onde a planta cresce e se desenvolve, fornecendo os nutrientes e a estrutura necessários para sustentar o crescimento saudável das raízes e das folhas. Os substratos para plantas de interior incluem habitualmente componentes como perlite, argila expandida, matéria orgânica, casca de coco, entre outros, destinados a melhorar a estrutura e a fertilidade do solo.

Ao escolher um substrato é importante considerar a drenagem, o arejamento, os nutrientes e o pH. Podemos criar a nossa própria mistura utilizando elementos que encontramos à venda, ou comprar substratos já com a composição adequada às especificidades de cada tipo de planta.

Ao escolher ou criar um substrato, é bom lembrar que o tipo de substrato que escolhermos terá um impacto direto na saúde e no crescimento da nossa planta. Investir num substrato de qualidade contribui de forma significativa para que as nossas plantas cresçam e prosperem.

Quando devo reenvasar a minha planta?

À medida que a planta cresce, o espaço disponível no vaso para as raízes e a disponibilidade de nutrientes no substrato vai diminuindo. Chega uma altura em que o vaso se torna demasiado pequeno e deve ser trocado por um ligeiramente maior. Devemos reenvasar as nossas plantas quando notarmos que as raízes já saem pelos orifícios do fundo do vaso, ou surgem à superfície do substrato. Se a planta crescia a bom ritmo anteriormente e passou a crescer mais lentamente, pode ser também um indicador de que necessita de mais espaço para crescer.

Sabe tudo sobre como e quando reenvasar plantas de interior neste nosso vídeo.

Previne e controla pragas

As pragas mais comuns em plantas de interior são os ácaros, as cochonilhas, e os tripes. Quem tem plantas de interior já se deve ter deparado pelo menos com uma destas pestes, ou talvez nem se tenha apercebido que era de facto um bichinho.

Para evitar infestações, é importante manter as plantas limpas e saudáveis, garantir um bom arejamento do espaço e fazer uma vistoria uma vez ou outra. Caso identifiques a presença de alguma praga, é aconselhável atuar imediatamente para evitar que se propague e danifique por completo as nossas plantas. É possível utilizar produtos naturais para prevenção e controle de pragas, como o óleo de neem, ou utilizar uma solução caseira de sabão neutro e água para lavar as folhas das plantas, eliminando assim as pragas presentes. Neste caso, a vigilância é o mais importante para detetar a tempo qualquer início de infestação.

À semelhança do que acontece connosco, plantas saudáveis são mais resistentes a doenças e pragas. Assim, corrige e previne situações como regas excessivas, ou condições de luz inadequadas à espécie, para evitar situações de stress que enfraquecem as defesas naturais das plantas.

Cuidar das nossas plantas é uma tarefa gratificante e relaxante, mas é preciso ter em mente que é um processo contínuo que requer atenção e dedicação. Com estes cuidados básicos é possível manter as plantas de interior saudáveis e bonitas durante muitos e bons anos. Vale a pena lembrar que cada planta é única e pode ter necessidades específicas, por isso é importante pesquisar sobre cada uma e adaptar os cuidados conforme necessário. 

Com o tempo e a experiência, adquirida através de alguma tentativa e erro, vamos ganhando uma sensibilidade própria e conhecendo cada vez melhor as particularidades de cada uma das nossas plantas de casa. E mais importante que tudo, aprendemos que elas comunicam connosco e que só precisamos estar atentos ao que nos vão “dizendo” para lhes prestar cuidados básicos e algum carinho, que também as plantas nos pedem.

Alexandre Guerra – Eng.º Florestal

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